sexta-feira, 4 de março de 2011

SERÁ QUE VÃO QUERER MUDAR O NOME DO BRASIL TAMBÉM?

Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com


Alguém se lembra da chamada “Guerra da Lagosta”? Pois bem, esse incidente resultou de denúncias de pescadores brasileiros, fazendo com que uma embarcação da Marinha Brasileira flagrasse barcos de pesca de franceses, que faziam pesca clandestina de lagostas na costa de Pernambuco, ou seja, em águas do território brasileiro, fazendo-os se retirar dali.


Tal fato passou a ser noticiado pelos nossos meios de comunicação, que passaram a denominá-lo como a Guerra da Lagosta.


Por sua vez a imprensa francesa inflamada pelos protestos dos seus pescadores de lagosta, passou a lançar farpas sobre os supostos direitos dessa pesca em águas brasileiras, o que motivou intenso e acalorado debate a respeito do enquadramento desse tipo de pesca, como um direito patrimonial exclusivo do Brasil.


Naquele momento histórico, gerou-se uma crise nas relações diplomáticas entre os dois países, que chegaram a se mobilizar bélicamente. A França foi a que primeiro colocou sua força naval de prontidão numa área próxima do conflito.


Por sua vez, os brasileiros começaram a entender que isso constituía uma agressão da França contra a nossa soberania, quando então o presidente João Goulart (1961-1964), após ouvir o Conselho de Segurança Nacional, ordenou que um contingente da Esquadra da Marinha fosse enviado para aquela área de conflito, com apoio da Força Aérea Brasileira e pelo 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do então general Humberto de Alencar Castello Branco.


Naquela época Carlos Alves de Souza Filho era nosso embaixador em Paris, e foi ele quem intermediou o diálogo entre os dois países naquele conflito, tendo sido ele (segundo fontes pesquisadas) o autor da famosa frase adjetivadora de que "le Brésil, ce n’est pas un pays serieux" (O Brasil não é um país sério) que se costuma atribuir a Charles André Joseph Marie de Gaulle, era na época Presidente, de 1959 a 1969. (Quinta República Francesa, fundada em 1958). Com tal frase estar-se-ia querendo dizer que o governo brasileiro conduzia a questão contenciosa com uma dose de diletantismo? Com inaptidão?


O que teria levado quem quer que fosse a pronunciar essa frase não vem ao caso, por exemplo, para se chegar ao ponto de quererem mudar o nome do Brasil. O que isso resolveria? Alguém acha que a frase cairia no esquecimento? Não ocorre que as pessoas poderiam dizer: esse é aquele país que mudou de nome só porque disseram que não era sério?


Que me socorram os experts em numerologia, por exemplo, se os políticos e governantes corruptos, fichas-sujas, mudassem de nome isso lhes alteraria o caráter? Se isso puder promover uma assepsia por onde transitam — então vamos propor essa providência altruística para eles.


Se pudéssemos mudar os nomes de pessoas ignorantes, isso poderia trazer-lhes sabedoria?


Opa!!! Agora novamente já tem gente querendo mudar o nome do Estado de Mato Grosso do Sul, só porque tem aqueles que não conhecem as localizações geográficas dos Estados brasileiros e confundem tudo.


Isso não vai evitar especialmente que a maioria dos parlamentares, homens públicos, etc, continuem desconhecendo a geografia do Brasil. Confiram este vídeo postado no Youtube acessando o link ao final desta matéria.


Imaginem como é não saber localizar no mapa do Brasil, o Estado de Pernambuco. O leitor acredita mesmo que se o nome desse Estado brasileiro também fosse mudado, as pessoas (com algumas exceções, é claro) saberiam localizá-lo no mapa?


Socorro!!!! São parlamentares desse tipo que estão legislando para o País. Para o País?


ACORDEM BRASILEIROS!!! TEM COISAS MAIS IMPORTANTES PARA SE FAZER.


“A historiadora Alisolete Weingartner acredita que a população brasileira já deveria estar consciente da ‘existência’ de Mato Grosso do Sul, pois a divisão de Mato Grosso Uno consta dos atlas desde 1978.


Para ela, o ensino deficitário nas escolas e a falta de um plano maciço de divulgação do Estado em nível nacional podem explicar o desconhecimento do brasileiro.


"Ao invés de se mudar o nome de Mato Grosso do Sul, por que as autoridades não vão a Cuiabá e tentam mudar o nome daquele Estado para Mato Grosso do Norte?", questiona a especialista.”


“A vice-governadora Simone Tebet, do PMDB, disse, na sexta-feira (28), que a possível troca do nome do Estado de Mato Grosso do Sul deve ser debatida por meio do “desejo” da sociedade, no caso, por plebiscito [consulta prévia].”


Contudo, ela acha que essa alternativa custaria muito dinheiro e o Estado “tem outras prioridades” que, para ela, são mais ‘mais importantes’.”


“O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, também peemedebista, mostrou-se desfavorável à troca do nome.”


Para ele, uma campanha publicitária acerca do assunto seria uma saída. ‘Precisamos divulgar o nome de Mato Grosso do Sul’” (Fonte: Mídia News)


O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB), embora defenda "um projeto de divulgação do nome de MS", disse que se a população quiser irá discutir a temática e a realização de um plebiscito.


Já a vereadora Graziela Machado (PR), diz ser totalmente contra a medida. "Sou sul-mato-grossense, temos nossa identidade, não há por que mudar nome do Estado", afirmou a vereadora.


Entrevista Wilson Barbosa Martins

julho 5, 2010, 11:04 pm


Veja trecho da entrevista extraído do blog Matula Cultural: http://matulacultural.wordpress.com/2010/07/05/entrevista-wilson-barbosa-martins/

Na foto: O entrevistador Rodrigo Teixeira com o Dr. Wilson Barbosa Martins no quintal do seu histórico escritório na Rua 15 de Novembro em Campo Grande-MS


“Wilson Barbosa Martins é testemunha singular da história da humanidade. Nascido em 1917, ele acompanhou os principais fatos que marcaram o século XX e ainda observa toda a evolução que acontece no século XXI. Aos 92 anos de idade, este campo-grandense resolveu colocar no papel os muitos acontecimentos que presenciou. Não foi pouca coisa. Em maio de 2010 o ex-governador de MS, ex-prefeito de Campo Grande, ex-deputado federal e ex-senador da República lançou a biografia “Memória – Janela da História” com uma grande festa no salão do Rádio Clube Cidade, em Campo Grande. O evento, repleto de admiradores importantes, confirmou que Wilson não só foi testemunha do século, como fez, ele mesmo, história.


A entrevista exclusiva ao jornal O Estado (publicada em 8 de maio de 2010) foi concedida no escritório que fica em frente a sua casa na Rua XV de Novembro, mesmo local onde permaneceu isolado ao perder os direitos políticos no final dos anos 60. No bate-papo, Wilson citou as várias passagens de sua vida, os momentos mais emocionantes que relembrou para fazer a biografia e uma das lembranças mais tocantes de sua trajetória: o encontro, aos 8 anos, com as centenas de integrantes da Coluna Prestes, que chegaram sem avisar à fazenda da família no ano de 1925.


Completamente lúcido, lembrando de datas com precisão e nomes de políticos, artistas e personalidades que marcaram a História brasileira e mundial, Wilson garante que realizou praticamente todos os seus sonhos e que lançar o livro com as suas memórias foi um dos seus últimos desejos. No entanto, deixa claro que um homem nunca para de sonhar e com ele não será diferente. Com vocês, Wilson Barbosa Martins!


Rodrigo Teixeira: O senhor acredita que ele seria favorável à ideia de se mudar o nome do Estado, por exemplo?


Wilson Martins: Não creio. Eu acho que Mato Grosso do Sul é um nome muito tradicional, que representa bem nossos anseios. Não temos que mudar para Estado do Pantanal ou qualquer outro nome.

Rodrigo Teixeira: Mas não deveríamos fazer um trabalho de marketing, por exemplo, para se fixar melhor o nome e não ter essa confusão com o Mato Grosso?


Wilson Martins: Acho que o nome está bem gravado em todos os municípios. Não há uma movimentação da população no sentido de se substituir ou se alterar esse nome. Já houve alguém que buscou modificar a nomenclatura de nosso estado, mas hoje está tranqüila essa questão.”


É bem verdade o que disse Eduardo Povoas na página do Enock Cavalcanti (clique aqui para conferir): “Volta à baila a troca de nome do estado sulista por uma besteira dita em uma novela. Isto é resultado da ociosidade.” (Eduardo Póvoas, servidor federal aposentado, é Cuiabano povoas@terra.com.br)


Confiram o vídeo acima, extraído do Youtub, acessando este link:

http://www.youtube.com/watch?v=ljmXP8pNZq4&feature=player_embedded

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