quarta-feira, 31 de julho de 2013

VELHA MARIA FUMAÇA







Luiz Carlos Nogueira







Velha “Maria Fumaça”, saudosa, dos meus tempos de criança,
subindo as serras e surgindo ofegante, na minha lembrança.
Arrastando vários vagões de cargas e apitando nos trechos
Transportando, também, passageiros, naqueles tempos benfazejos.


Nas pequenas estações, reuniam diversos trabalhadores em “turmas”,
que inspecionavam as linhas férreas, sobre os chamados troles.
Viajei com ela e as minhas esperanças, nas quais parecia não haver brumas;
imaginava que esse transporte, ligaria todo o futuro, sem hipérboles


Assim era no meu Mato Grosso do Sul, o transporte das farturas,
dos seus celeiros, sob um céu de puro azul, como dito no seu hino.
Mas em nome do progresso, foram feitas rodovias, almejando venturas


E os velhos ferroviários, hoje nas sombras das recordações do destino,
vivem seus momentos de saudades, do companheirismo e trabalho,
e de como ajudaram na construção deste Estado, nos dias de sol e nas manhãs de orvalho.






Como um criado mudo - Por Edson Paulucci







Eu estava ali, bem só.
Bem no meu canto.
E via o tempo mudo,
quieto, sem movimento...
Eu sim, em pranto, passava...
Imaginava sustentar mentiras.
Tentava amansar briga de egos.
E ele quieto.Como um criado.
Mudo.
Eu sim, contudo, passava...
E estava ali bem só.
Só, no meu canto.



Nota: Estes versos eu os furtei da página do meu amigo Edson Paulucci, no Facebook. Como ele não se incomodou em colocar um título, eu o fiz tirando do seu próprio texto.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Teu amor: pérola escondida....-Por Sylvia Cesco

"Teu amor: pérola escondida
No mar da minha paixão.
Mas nunca me dás guarida
-Na ostra do teu coração."
( Sylvia Guavira)
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

As cartas que te escrevi - Sylvia Cesco





"As cartas que te escrevi
Voltaram pra minha mão.
Foi bom: com elas, eu recebi
De volta meu coração".
( Sylvia Guavira)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

VAMOS FALAR DE PLÁGIO - Por Humberto Pinho da Silva


 

Quarta, 12 de Junho de 2013 às 06:00











José Cascales de Muñoz, disse: “No hay poeta que no haya plagiado  más de ciento de los antigos y contemporâneos “.



Nem há escritor que não tenha plagiado, ainda involuntariamente, os clássicos. Nem jornalistas e professores que não tenham copiado, modo de ensinar e expressões, que ouviram a antigos mestres.

Todos nós, segundo Cruz Malpique: “ Chegamos muito tarde, a um mundo já muito velho. Cada um de nós, falando, escrevendo, pensando, fazendo seja o que for, é como tivesse procuração dos que nos precederam.” 

Muitas vezes há nítida intenção, de plagiar, como é o caso do “Caramurú” - poema em dez cantos, de Frei José de Santa Rita Durão, publicado em Lisboa, em 1781, - que é decalque grosseiro dos “ Lusíadas”.

Mas também o plágio pode ser por mero acaso:

Germano Almeida, escritor cabo-verdiano, planeara escrever sobre fictício congresso, a realizar em Lisboa, sob o tema: Homens traídos por suas mulheres.

Com o texto criado na mente, entrou numa livraria lisboeta e depara com Fernando Assis Pacheco, que recomenda-lhe a leitura do livro: “ Jogos da Idade Tardia” de Luís Landero.

Ao folhear a obra, encontra passagens idênticas, muito semelhantes, ao que trazia, quase concluído, na memória.

Essas coincidências, ainda que não sejam vulgares, acontecem. A ideia uma vez lançada, funciona como onda de rádio. Há sempre recetores que a acolhem.

O povo, que é grande mestre, costuma usar frase que explica tudo: “Anda no ar”.

Andar no ar, é uma espécie de boato mudo, que não se ouve, mas sente-se.

Nova forma de plagiar, é recorrer à Internet. Em segundos, alcança-se a matéria, e “rouba-se” conhecimentos, quase sem esforço.

Teses, mestrados, doutoramentos, uma vez publicados na Net, são alvos de copianços e apresentados, após ligeira maquilhagem, como originais, fruto de aturado trabalho.

Para combater a fraude, existem programas informáticos, que detetam o copianço. Entre outros, encontram-se o: “ Turnitin” e o “Ferrit”.

Mais difícil de descobrir, são teses feitas por encomenda, a antigos licenciados, apreços que podem atingir os 25 mil euros.

Famosos escritores foram acusados de plágio. Entre eles: Gabriel d’Annunzio, Moliere, Virgílio e até o nosso Eça de Queiroz.

Plágios, que certamente não passaram de acasos ou resultado de leituras antigas.

O escritor é fruto de muitas leituras e de muitas conversas e estudos, acumulados desde a infância; não se erra, se dissermos, que todos nós repetimos, o que pensaram e escreveram os que nos antecederam.

Se escrevo esta crónica, deve-se ao trabalho dos que publicaram artigos e obras que trataram o tema. Apenas coube-me o papel de abelhinha: “roubando” mel, de flor em flor.



quinta-feira, 18 de julho de 2013

PROTEÇÃO DO CRIMINOSO? SIM É ISSO QUE OCORRE NO BRASIL




 

 

 

 

 

 

 

Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

É isso mesmo, no Brasil depois da Constituição Federal de 1988, a rigidez com que eram combatidos os crimes quando na vigência dos Códigos: Penal de 1940 e de Processo Penal de 1941, passou para um estado de languidez estupefaciente, sob o ponto de vista vesgo do “politicamente correto”, com as medidas protetivas dos criminosos, sem a devida observância à proteção do cidadão pagador de impostos, muitas e muitas vezes submetido à sanha dos predadores sociais, ou seja, os criminosos que impiedosamente praticam atos de extrema selvageria.

 

Ao afirmar isso, não estou inventando nada, pois é a própria Constituição Federal/88 que garantiu ao acusado de crime, o direito de se manter calado frente às autoridades, assim como de não facilitar que sejam realizadas provas que o incriminem, como também o direito de se negar, por exemplo, de fazer o teste do bafômetro, de não fornecer materiais para exame de DNA, bem como participar da reconstituição do crime que o mesmo teria praticado.

 

Na fase do Inquérito Policial, o criminoso passou a ter direito à defesa quase que sem limites, permitindo aos seus advogados impugnarem atos praticados pela autoridade policial e ainda exigindo a realização de provas, na maioria das vezes com o notório objetivo de mudar o rumo investigativo, driblar os procedimentos policiais, numa pré-fase de instrução criminal.

 

De outra forma também, a exemplo da “turma do mensalão”, os criminosos não podem ser obrigados ao cumprimento da pena, senão depois da sentença condenatória haver transitado em julgado, o que significa dizer que enquanto não forem esgotados todos os recursos (que são muitos), sejam eles perante ao STJ ou ao STF. E olhem bem, que o tempo de tramitação e julgamento desses recursos, pode corresponder ao tempo entre uma infância e a idade adulta de uma pessoa.

 

Decretação de Prisão Preventiva Facultativa — nem pensar. Somente em raras situações. Eis que gente do tipo “mensaleiros” estão ao gozar desses enfeites jurídicos, tal e qual um cidadão de moral inatacável, não obstante as fartas provas incriminadoras e próprias de malfeitores, estejam presentes nos autos do processo. Só que no caso dos “mensaleiros”, não sei se estes, quando ou se é que forem presos, terão direito como os demais outros criminosos, asseguradas as proteções sociais do pagamento de pensões mensais às suas famílias, afinal me parece que eles é que terão que ressarcir os cofres públicos, de alguma forma.

 

Depois de tudo isso, inventou-se o Sistema de Progressão das Penas, que em outras palavras significa, que as penas de um criminoso, depois da sentença haver transitado em julgado, acabam sendo reduzidas depois de cada período de encarceramento, por um tempo consideravelmente menor do que quando lhe foi imposta a condenação. Dizem os “arautos da bondade infinita”, que tal procedimento tem por finalidade reintegrar o criminoso à sociedade, começando pelo cumprimento da pena em regime domiciliar, regime semi-aberto em colônias penais agrícolas ou industriais, ou ainda, análogas, assim como em prisão albergues, onde o prisioneiro pode sair para prestar algum serviço remunerado ou não, além de poder visitar sua família, quando dos aniversários, ou dias especiais como o Natal, dia primeiro do ano, carnaval, etc. Para depois, finalmente ser beneficiado com a liberdade condicional, quando só terá o incômodo de estar obrigado a se apresentar às autoridades em data previamente determinados.

 

 

É no tempo dessas benesses que muitos prisioneiros fogem para não voltarem a ser albergados. É no tempo dessas benesses que muitos prisioneiros evadidos cometem novamente os mesmos crimes.

 

Como se já não bastasse isso, não obstante os já existentes benefícios aos presidiários, a começar pelo direito das visitas íntimas, como se a cadeia não fosse castigo mesmo, mas asilo dos intocáveis, pois o que na verdade deveria ser (castigo), contando apenas com o direito de ter sua cama para dormir, cobertor para lhes proteger do frio, água para beber, comida para se sustentar fisicamente, banheiro, assistência espiritual ou religiosa, atendimento médico/hospitalar e odontológico, tempo para ficar ao Sol, auxílio-reclusão, que é uma imoralidade, mas infelizmente os governos nunca se dignaram a construir presídios com condições para que os reclusos pudessem trabalhar para o seu próprio sustento, agora apareceu um deputado federal aloprado, que não o classifico nem como quixotesco ou paladino dos reclusos, porque não passa de um “petralha” insensato que perdeu a noção da dignidade e do que é certo e do que é errado, porque na verdade está tentando uma outra forma de conquistar eleitores, propondo o Projeto de Lei nº 2230/11 que institui o Estatuto Penitenciário Nacional, no qual o presidiário passaria a ter direito a: alojamento individual, alimentação com nutricionistas, disponibilização de creme hidratante, shampoo e condicionador de cabelos, expansão do auxilio reclusão, caso tenha um parente doente o Estado deveria levá-lo com escolta para fazer-lhe visitas, para cada cada grupo de 400 presos o Estado deveria dispor de 7 médicos, 3 dentistas, 3 auxiliares de enfermagem, 3 psicólogos e 12 professores.

 

Mas para as famílias das vítimas — não há previsão de algum amparo que seja.

 

Esse projeto maluco, motivou a manifestação do Deputado Federal Jair Bolsonaro, que está gravado neste vídeo do Youtube:


Clique neste link para assistir

http://www.youtube.com/watch?v=9kdItZoNM28&feature=player_embedded



É certo que os direitos básico devem ser assegurados ao prisioneiro, sem, todavia, esquecer do direito da proteção à sociedade, que através do pagamento de impostos mantém toda a máquina estatal e as obras necessárias ao bem-estar comum.



Como não prever medidas legais visando a proteção das pessoas da nossa sociedade, contra a ação desses indivíduos perigosos, muitos psicopatas sanguinários, que já praticaram estupros e outros crimes hediondos, estarrecedores e repulsivos? É certo essa maluquice de querer trata-los como cidadãos corretos, permitindo-lhes o mesmo gozo dos direitos? Ou devemos voltar à prática do dentre por dente, olho por olho?



O que se propõe, ou é simplesmente inominável. Já temos problemas com menores criminosos a partir de 14 anos de idade, que não respondem por nada — ficam impunes. 



Ao que parece a nossa Constituição Federal teria sofrido influência de interesses alienígenas, de ideologias que em nada têm a ver com o nosso povo, mas pelo contrário, demonstram a intenção malevolente de provocar a desestabilização nacional, por motivos inconfessáveis, que por certo, exerceram alguma ascendência sobre os nossos constituintes com quase ou nenhuma intimidade com essas e outras questões de cunho constitucional. 



Ora, vamos deixar a hipocrisia ou a ingenuidade de lado, pois essas organizações ditas defensoras dos direitos humanos estão focadas somente na defesa dos criminosos, com o mote de estar em defesa das injustiças sociais, colocando-os como vítimas da nossa sociedade e pretendendo com isso, justificar as ações criminosas. Ora, isso é de uma extrema falácia, porquanto tem-se ao invés disso, que se trabalhar em combater o que se apontam como injustiça social, sem contudo se esquecer que deve haver segurança e ordem social. Não podemos misturar essas questões a ponto de perdermos o rumo da ordem pública e da democracia.



É sabido que a formação das sociedades e dos Estados se deu pela necessidade da convivência pacífica entre seres humanos, pelo que foram instituídas as leis enfeixando a força em torno de uma autoridade destinada a fazer cumpri-las. Assim foram  instalados no poder, reis, rainhas, imperadores, governadores, presidentes, enfim cada povo teve seus chefes com a missão para, na sua forma de governo, dirigir cada nação a que pertencesse. Nasceu assim o direito e o Estado destinados a impedir e corrigir os atos ilícitos praticados por alguns dos seus membros, que colocavam em risco a integridade das outras pessoas e a ordem pública.



Por conseqüência, não se pode transformar os que praticavam ou praticam atos ilícitos, previstos na lei, como sendo vítimas dessa sociedade. Atualmente o que constituem efetivamente os problemas do nosso sistema de governo democrático, são: o sistema econômico avassalador, a má gestão do dinheiro público incluindo aqui os desvios das finalidades para as quais deviam ser aplicados, as corrupções de toda ordem, tanto ativa quanto passiva, o sistema eleitoral, os meios de comunicação que exercem influência perniciosas como cenas de terror, sexo e toda a falta de respeito com suas programações alienantes, concorrendo para a desconstituição da família, enfim a falta de honestidade dos políticos e as autoridades que provocam as injustiças sociais, etc, etc., porém isso não pode justificar que criminosos fiquem soltos ameaçando a todos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vila dos ferroviários:....Sylvia Cesco








(...)
"Aquela pequena vila
Esquecida na memória
Um dia tornou-se história:
-Um passado tão distante
Com a força de um presente
De silêncios e de ausentes.
-Senhora dona da infância
E da minha adolescência,
Vila dos Ferroviários:
-Um quadro molhado a óleo
Meu pranto pintando a areia..."

( Sylvia Cesco, versos do poema: "Vila Noroeste, 114", do livro Guavira Virou)



terça-feira, 9 de julho de 2013

Aceitações - Por João Bosco Leal

de:
 João Bosco Leal por  cli12668.p03me.com 
responder a:
 artigos@joaoboscoleal.com.br
para:
 nogueirablog@gmail.com
data:
 5 de julho de 2013 01:05
assunto:
 Aceitações
enviado por:
 cli12668.p03me.com
:
 Importante principalmente porque foi enviada diretamente para você.
Imagens recebidas deste remetente são sempre exibidas Não exibir de agora em diante.


Senhor Editor,

abaixo um novo texto, Aceitações, para sua publicação.

Obrigado,

João Bosco Leal


Aceitações

Apesar de algumas atitudes necessárias serem emocionalmente dolorosas, a decisão de virar páginas é de fundamental importância para que possamos continuar vivendo, pois, na vida, tudo possui início, meio e fim.

As etapas vividas, boas ou ruins, jamais voltarão e precisam ser realmente encerradas para que, nas próximas, possamos usá-las como ensinamentos, lições.

O mesmo ocorre com a vida de todos - que passa pela infância, juventude, amadurecimento e velhice -, e seus projetos e objetivos - que precisam de um ponto de partida, a busca para alcançá-los e seu resultado final, de sucesso ou fracasso -, mas independentemente da fase em que se encontra ou do resultado obtido, é necessário que ela se encerre para que outra se inicie.

Rememorar momentos vividos com pessoas queridas, que fazem parte de nosso passado ou que por motivos diversos já não estão mais entre nós, pode trazer conforto, alegrias ou a tristeza da falta, mas manter em ambientes que frequentamos diariamente suas fotos ou objetos por eles já utilizados, só aumentará a dor de sua ausência e não os fará voltar.

Sentir saudades de alguém ou de algo já vivido é normal e até muito saudável, mas não pode nos fazer querer reviver algo que ocorreu no passado. O tempo passa e com ele vão muitas pessoas - próximas ou não -, amigos, paixões, dores e alegrias. Assim vai sendo construída a nossa própria história.

Entretanto, é comum vermos pessoas que não aceitam a passagem do tempo e suas consequências naturais, como os cabelos brancos, a pele com rugas e cicatrizes, a flacidez muscular, a necessidade de óculos e a menor agilidade física e mental.

As mudanças - principalmente na aparência física -, provocam insegurança e insatisfação na maioria das mulheres e em alguns homens, que passam a procurar médicos em busca de "rejuvenescimento" e estes lhes injetam diversos tipos de ácidos para preenchimento de rugas, marcas de expressões ou que impeçam movimentos musculares da face.

Querem, com isso, "esticar" a pele facial já não tão lisa quanto antigamente, mas a durabilidade desse tipo de recurso é de meses e quando seu efeito termina, a impressão que se tem é de que a pessoa envelheceu ainda mais e repentinamente.

Procuram ser amigas, namoradas, amantes e vestem-se como as pessoas bem mais jovens e frequentam os mesmos locais que essas, como se com isso conseguissem parar o tempo, mas ficam desesperadas com qualquer tipo de comentário que as lembre de sua idade real, ou que alguém note, em seu físico, os sinais dos anos já vividos.

São pessoas sem autoconfiança, inseguras, que por mais inteligência, cultura e dinheiro que possuam, não conseguem aceitar o óbvio: o tempo passou e, com isso, surgiram suas marcas.

Por outro lado, vemos outros mais sábios, que não se importam com essa transformação física e aproveitam as experiências vividas para continuar com menos erros e conflitos, mas com mais concessões e amigos, desfrutando bem melhor o tempo que ainda terá para viver.

São aqueles que aprenderam e conseguiram deixar o passado no passado e aproveitam o hoje e o futuro solidamente sustentado em suas experiências anteriores, que muitas vezes lhes provocaram cicatrizes e marcas de expressão.

Mesmo que para muitos seja de difícil aceitação, a vida, suas etapas, fases e ciclos, possuem início, meio e fim.


João Bosco Leal*     www.joaoboscoleal.com.br


* jornalista e empresário

quarta-feira, 3 de julho de 2013

...uma vela para brilhar só para MIM.




                     




Por Luiz Carlos Nogueira












Está escuro, muito escuro. A noite desceu sem que eu percebesse,
Mas a chama bruxuleante de uma vela, amplia minha visão e meu interesse.
Sinto-me solto e suspenso no ar, depois em cima de um muro.
Vejo-me, depois, deitado em minha cama no meu quarto escuro.


Assusta-me a noite...a escuridão... mas, eis que avisto luz no fim de um túnel.
Corro em direção a ela, cansado, faltando-me ar e derrubando meu farnel.
A viagem parece-me longa, mas sinto meus pés, agora já suspensos do chão,
a luz que me alumia não é a da vela, é algo deslumbrante vindo da amplidão


Miríades de estrelas cintilam como lâmpadas suspensas
não há sóis, mas vindas de algum lugar, ofuscam-me as iluminações intensas
pareceu-me ouvir cânticos de sonoridade melodiosa, só para mim.


Pensei então, óh meu Deus!! O que ocorre com este mortal e seu humilde servo?
E a Voz de tom inexprimível, disse-me: há muito te conduzo e te observo.
Portanto, chamei-o para Mim, e na Terra apaguei uma vela para brilhar só para MIM.



Nota: Esta é uma homenagem póstuma ao meu amigo Rogério Augusto Doerl, falecido na noite de 02 de julho de 2013, na cidade de Terenos-MS, que abriu um profundo vazio na alma do seu irmão Roberto. Duas criaturas que se amavam profundamente. Cristãos admiráveis da Igreja Luterana daquela cidade, exemplos de retidão moral, de aplicação ao trabalho honrado e filhos amorosos. Fica aqui também registrada a  admiração pela sobrinha Hadejine, pelo carinho e diligência na condução de todo o processo para o sepultamento do tio, no Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande-MS, no dia 03 de julho de 2013.


Onde você estiver Rogério, receba um abraço meu e da Marta.