de:
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responder a:
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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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28 de junho de 2013 01:06
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assunto:
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Demarcações
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enviado por:
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cli12668.p03me.com
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:
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Importante principalmente porque foi
enviada diretamente para você.
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Imagens recebidas deste remetente são
sempre exibidas Não
exibir de agora em diante.
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Senhor
Editor,
eis
um noivo texto para publicação.
Obrigado
João
Bosco Leal
A
irracional demarcação de mais terras para índios
Tenho
me esforçado para tentar entender o que haveria de racionalidade em demarcar
mais terras para índios, como tem sido defendido por diversas ONG's, em sua
grande maioria estrangeiras, pelo CIMI - Conselho Indigenista Missionário da
Igreja Católica, vinculado à CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e
pela FUNAI - Fundação Nacional do Índio, entidades que, além de apoiarem essa
ideia, incentivam e até patrocinam as invasões de terras de produtores rurais
como as que estão ocorrendo em
Mato Grosso do Sul.
Após
o descobrimento do que hoje conhecemos por Brasil, a tendência dos
colonizadores portugueses e depois os espanhóis e holandeses, foi a de se
manter mais próximo possível do litoral, o que facilitava tanto as importações
como as exportações.
Séculos
depois vieram, em maior número, os japoneses, que se concentravam no interior
do estado de São Paulo, e os alemães e italianos, na região Sul. Com o tempo,
do nordeste ao sul do país, as áreas já estavam praticamente todas sendo
colonizadas, mas sempre próximo do litoral.
Com
a intenção de colonizar áreas e incentivar a criação de novas fronteiras
agrícolas, a União titulava áreas devolutas de propriedade ou dos novos Estados
que foram sendo criados. Todo brasileiro que tivesse interesse em se mudar para
esses local recebia o título de uma área de terras com tamanho legalmente
determinado, que variava de acordo com cada estado ou região.
Os
últimos Estados criados onde esse processo foi utilizado foram Roraima e
Rondônia, mas foi assim que se colonizou toda a região Norte e Centro Oeste do
país. Nessa época, tanto doenças como a malária quanto a implantação de uma
infraestrutura mínima aos que para lá fossem - como a construção estrada de
ferro Madeira-Mamoré -, causaram milhares de mortes entre esses colonizadores.
Depois
de tituladas as quantidades de áreas previamente determinadas pelo Governo
Federal, com aprovação do Congresso Nacional, as terras devolutas passaram a
ser vendidas pelos Estados a quem se interessasse em ir para essas regiões.
Assim, com sacrifício, lutas, mortes, e terras tituladas ou compradas dos
governos é que os antepassados dos produtores rurais iniciaram a colonização
das áreas que hoje pertencem a seus descendentes, ou dos que as deles
compraram.
Ninguém
roubou ou se apossou de NADA. Todas as terras pertencentes aos produtores -
pequenos médios ou grandes -, que fazem parte do que hoje conhecemos como
agronegócio brasileiro, possuem documentos originalmente fornecidos pela União,
registrados em Cartórios e atualmente já georeferenciadas ou em processo
nacional de georeferenciamento, com precisão de centímetros em suas
delimitações.
O
agronegócio é responsável por 37% de todas as exportações, 22,4% do PIB e emprega
1/3 da mão de obra no país (fonte: CNA). E agora vamos expulsar esses produtores de suas
terras para que seja aumentada a área destinada aos brasileiros indígenas? Para
que, se mesmo onde os eles possuem, cada um, mais de 1.000 hectares ,
continuam na miséria?
Com
que finalidade, se tudo o que comem - arroz, feijão, óleo de soja -, o que
vestem - calças, camisas, sapatos ou sandálias -, bebem ou usam como
medicamentos, é produzido pelos brasileiros não índios e eles mesmos não querem
permanecer nas áreas já demarcadas? Os índios querem viver na cidade, ter
televisão, celular, veículos e possuir os mesmos direitos dos brasileiros não
índios para quem não se dá terras.
Os
200 milhões de brasileiros não índios ocupam, atualmente, 2,5% do território
nacional, enquanto os cerca de 800 mil índios - menos de 0,5% de nossa
população -, já possuem 13% do território só para eles (aproximadamente 110
milhões de hectares) e nada produzem nessas áreas. Assim, os índios são,
comprovadamente, os maiores latifundiários do país, mas continuam pobres e
carentes, apesar das de mais de cem mil ONGs (uma para cada oito índios) que a
eles se dedicam.
A
demarcação de mais terras para índios e a intenção de mantê-los no estágio
primitivo só interessa aos que estão pendurados como funcionários da FUNAI, ou
a países interessados em destruir nossa produção agrícola para não concorrer
com a deles no mercado internacional.
As
terras dos produtores rurais são legalmente deles e tirá-las de quem produz,
para entregar a quem nada produzirá e nem quer lá permanecer, é ilegal, imoral
e irracional.
João Bosco
Leal www.joaoboscoleal.com.br
*
Jornalista e empresário
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