Por
Luiz Carlos Nogueira
Está
escuro, muito escuro. A noite desceu sem que eu percebesse,
Mas
a chama bruxuleante de uma vela, amplia minha visão e meu interesse.
Sinto-me
solto e suspenso no ar, depois em cima de um muro.
Vejo-me,
depois, deitado em minha cama no meu quarto escuro.
Assusta-me
a noite...a escuridão... mas, eis que avisto luz no fim de um túnel.
Corro
em direção a ela, cansado, faltando-me ar e derrubando meu farnel.
A viagem
parece-me longa, mas sinto meus pés, agora já suspensos do chão,
a
luz que me alumia não é a da vela, é algo deslumbrante vindo da amplidão
Miríades
de estrelas cintilam como lâmpadas suspensas
não
há sóis, mas vindas de algum lugar, ofuscam-me as iluminações intensas
pareceu-me
ouvir cânticos de sonoridade melodiosa, só para mim.
Pensei
então, óh meu Deus!! O que ocorre com este mortal e seu humilde servo?
E
a Voz de tom inexprimível, disse-me: há muito te conduzo e te observo.
Portanto,
chamei-o para Mim, e na Terra apaguei uma vela para brilhar só para MIM.
Nota:
Esta é uma homenagem póstuma ao meu amigo Rogério Augusto Doerl, falecido na
noite de 02 de julho de 2013, na cidade de Terenos-MS, que abriu um profundo
vazio na alma do seu irmão Roberto. Duas criaturas que se amavam profundamente.
Cristãos admiráveis da Igreja Luterana daquela cidade, exemplos de retidão
moral, de aplicação ao trabalho honrado e filhos amorosos. Fica aqui também
registrada a admiração pela sobrinha
Hadejine, pelo carinho e diligência na condução de todo o processo para o
sepultamento do tio, no Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande-MS ,
no dia 03 de julho de 2013.
Onde
você estiver Rogério, receba um abraço meu e da Marta.
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