quinta-feira, 14 de novembro de 2013

JÔ OLIVEIRA ESTARÁ EXPONDO SUAS ILUSTRAÇÕES NA BIBLIOTECA ESTATAL INFANTIL DE MOSCOU


Olá, Luiz
Exposição das minhas  ILUSTRAÇÕES NA BIBLIOTECA ESTATAL INFANTIL DE MOSCOU.
DE 10/12/2023 a 05/02/2014

Abraços,
Jô Oliveira


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ajudei a alimentar um cupinzeiro, sem me dar conta de que estava sendo enganado.

 

 

 

 

 

Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

Hoje eu estava arrumando as gavetas dos meus armários, e quando revirava uma delas, deparei-me com duas alianças de metal com os dizeres: “Dei ouro para o bem do Brasil”.

 

Logo veio-me um sentimento de indignação, quando então resolvi escrever sobre essa grande farsa ou grande logro aplicado à população brasileira, que na época, imbuída da mais alto sentimento de patriotismo, viu-se despojada dos seus metais mais valiosos e prol do que se acreditava ser uma grande ação destinada a libertar o país das suas dificuldades financeiras. Porém, fazendo uma busca pela Internet, localizei o artigo que reproduzi abaixo, porque do contrário seria como dizem “chover no molhado”.

 

Pois bem, até hoje estou me sentindo um bobo que foi na conversa dos espertalhões, comparada mais ou menos como se tivessem me induzido a pensar que para matar as térmites de um cupinzeiro, a serragem faria melhor efeito do que um veneno. Daí, tendo agido como outros milhões de brasileiros, só fiz fortalecer os moradores daquele buraco.

 

Eis o artigo:

 

 

 

Na campanha “Ouro para o Bem do Brasil” população foi enganada e nunca se soube onde foi parar o dinheiro

Seg, 30 de Julho de 2012 17:25

Quem se depara com escândalos como o do mensalão, ou do caso Cachoeira, nem imagina que um dia houve a campanha “Ouro para o bem do Brasil” que enganou famílias inteiras
Em 1964 uma crise política alicerçada por uma inflação devastadora, contribuiu para a eclosão de um golpe de estado que levou o Exército a comandar o país na figura do marechal Humberto de Castelo Branco. Os cofres públicos estavam vazios e o Brasil sem reservas cambiais que pudessem conter a alta exorbitante do dólar.
Diante do quadro desolador, os Diários e Emissoras Associados - grupo empresarial de mídia comandado por Assis Chateaubriand, popularizado como “Chateau” na obra monumental do escritor Fernando Moraes - buscando quem sabe, aproximação com os novos governantes, lança uma campanha na qual os brasileiros doariam suas joias em ouro recebendo em troca alianças de latão e um diploma com os dizeres: “Dei ouro para o bem do Brasil”.
Com chamadas e campanhas pelo rádio e televisão, mais os jornais do então poderoso grupo empresarial, a população mais humilde de São Paulo, especialmente, se comoveu com a situação difícil da nação brasileira, se mobilizando mais uma vez em um ato de cidadania. Sugeria-se que as pessoas, sendo casadas, dessem suas alianças de ouro em troca de outras em metal com a gravação da campanha símbolo da Tupi.
Muitos fizeram isso e houve ainda quem doasse colares, brincos e outros objetos de ouro, até dinheiro do próprio bolso, para ajudar nossa terra a se levantar dos infortúnios vividos no período que antecedeu à “Redentora”, denominação dada ao golpe de estado pelos favoráveis ao novo regime, que também foi chamado em outros setores de “Revolução de 1964”.
Assis Chateaubriand, cujo nome completo era Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, comandava um verdadeiro império das comunicações entre emissoras de rádios, TVs, jornais e revistas pelo Brasil afora, entre as quais “O Cruzeiro”. A ideia era obter lastro para a moeda nacional com o ouro arrecadado.
O nome para a campanha foi inspirado em outro movimento realizado durante a Revolução Constitucionalista de 1932, onde a população doou “Ouro para o bem de São Paulo”, criando uma “moeda paulista” que circulou em todo o estado durante o boicote comercial imposto pela ditadura Vargas, impedindo São Paulo de efetuar qualquer atividade em nível nacional.
Após o desenlace daquela revolução, o ouro arrecadado em 1932 foi utilizado na construção de um prédio no centro da cidade, no formato da bandeira paulista, localizado na Rua Álvares Penteado, 23.
O lançamento da versão “Ouro para o Bem do Brasil” aconteceu no início de 1964 e contou com o apoio de uma parte da população e também de algumas empresas. Prefeituras chegaram a promover manifestações com desfiles em vias públicas onde escolares portando faixas, exibiam dizeres alusivos à campanha.
O jornalista Ademir Médici, que mantém coluna no jornal Diário do Grande ABC, escreveu certa vez que a Dulcora, indústria de São Bernardo do Campo que fabricava o dropes Dulcora, ajudou na campanha modificando a cor da embalagem de seu principal produto que ganhou a cor ouro.
A revista “O Cruzeiro”, em 13 de junho de 1964, apresenta um balanço parcial informando que mais de 400 quilos de ouro e cerca de meio bilhão de cruzeiros haviam sido doados pelo povo e por autoridades civis e militares: “... a campanha, primeiro grande movimento dos ‘Legionários da Democracia’, foi aberta com a presença do senador Auro Soares de Moura Andrade, presidente do Congresso Nacional, que recebeu do Sr. Edmundo Monteiro, diretor-presidente dos Associados Paulistas, a chave do cofre em que será colocado o ouro e as doações em dinheiro que serão entregues, posteriormente, ao presidente da República, marechal Castello Branco...”
A revista dá conta que inúmeras personalidades do governo federal compareceram ao saguão dos Associados, na Rua sete de abril, no centro da capital bandeirante, durante uma vigília cívica de 72 horas, para emprestar apoio e fazer suas doações para a campanha do ouro. “... o ministro do Trabalho, Sr. Arnaldo Sussekind, representando o general Amaury Kruel e diversas outras autoridades prestigiaram o movimento dos ‘Legionários da Democracia’.
O Governador Adhemar de Barros doou, de livre e espontânea vontade, os seus vencimentos do mês de abril, num montante de 400 mil cruzeiros...”, informa ainda a publicação, salientando que mais de 100 mil pessoas fizeram doações desde as mais modestas, até as mais abastadas, depositando cheques de até 10 milhões de cruzeiros, vindos também de várias firmas, além de carros oferecidos pela indústria automobilística nacional e inúmeras outras doações de grande monta.
As TVs Tupi Canal 4 e Cultura Canal 2, pertencentes aos associados, transmitiam ao vivo da sede da empresa, com o repórter, José Carlos de Moraes, o “Tico – Tico” narrando que os populares que doavam objetos de ouro de uso pessoal, tais como alianças, anéis e outros, recebiam em troca uma aliança de metal com os dizeres: ‘Doei Ouro para o Bem do Brasil’.
Não há registro na internet de nenhuma transmissão alusiva à essa campanha, mas há imagens do repórter Tico– Tico entrevistando o ex – presidente João Goulart, por ironia vítima do golpe que levou Castelo Branco ao poder.
Nos jornais, Diário de São Paulo e Diário da Noite se antecipava que a campanha “Ouro para o Bem do Brasil” seguiria na capital, até o dia 9 de julho, quando então peregrinação teria início no interior do estado.
Apesar da campanha, seguimentos mais esclarecidos da sociedade não se mobilizaram, evidentemente porque era previsível que não se alcançaria um valor suficiente para cobrir as reservas cambiais de um país do tamanho do nosso, suprindo aquilo que se arrecada nas atividades do comércio, da indústria e da agricultura que geram empregos e proporcionam os negócios de exportação e importação, estes sim capazes de tocar a economia.
Claro que a campanha não foi adiante, entretanto jamais foi informado sobre o que foi feito com todo ouro e o dinheiro arrecadado. Por parte do governo não houve sequer a uma nota de agradecimento.
Em lugar nenhum da internet, ou nos arquivos dos jornais, encontramos números definitivos dessa campanha e nem o que aconteceu com o montante obtido junto aos abnegados contribuintes. Nunca se soube do paradeiro da chave do cofre da campanha, entregue ao senador Moura Andrade, ou se ele ficou com ela de fato. Isso nos leva a crer que a campanha “Ouro para o Bem do Brasil” não passou de um golpe aplicado contra a população honesta, mais uma malandragem entre tantas, na história deste país e o pior, com o uso da mídia.
Se hoje achamos que a ladroeira alcançou níveis nunca vistos, a história dessa campanha dos Diários Associados deixa claro que a picaretagem sempre agiu solta e o que muda é a maneira como se aplica o golpe.
O lamentável é que pessoas honestas, pais de família e suas esposas que doaram as alianças que simboliza a união abençoada por Deus entre os casais, foram enganados não para o bem do Brasil, mas daqueles que enriqueceram sem que o assunto fosse sequer apurado.
Geraldo Nunes*
Geraldo Nunes, jornalista e memorialista, integra a Academia Paulista de História

geraldonunes@jornalmovimento.com.br

Fonte: Jornal Movimento – Acesso efetuado em 11/11/2013, através deste link:

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

VOCÊ TEM BROCAS?





OU


Luiz Carlos Nogueira




Hoje (08-11-2013), eu estava na feira da rua Boaventura da Silva, comprando verduras numa banca, quando se aproximou um sujeito (imagino, com a idade em torno dos 70 anos), fazendo um chiado com a boca, parecendo um disco de vinil estragado, e perguntou para o feirante: Você tem “brocas”? O feirante meio confuso, respondeu: não senhor! Procura lá com aquele senhor que conserta panelas, pode ser que ele tenha. Mais confuso ainda, o “chiador” lascou uma outra pergunta: O que tem a ver o consertador de panelas com as verduras? Aí danou tudo, ninguém entendeu mais nada. Então uma senhora que também fazia compras, perguntou para o “chiador”: Mas afinal, o que é mesmo que o senhor quer? Oras, aquela verdura que gente come! Aí a senhora perguntou de novo: Mas que jeito que é essa verdura? Não sei, a minha “mulé” que me pediu para comprá. A senhora disse: O senhor tem telefone na sua casa? Qual é o número para eu ligar para a sua esposa? Pelo celular (viva voz): Alô! É a dona Elisabel? (o nome é fictício para proteger a identidade dela). Í é, quem tá falano? Aí a senhora que estava tentando ajudar explicou para a esposa dele, e ela respondeu: Eu pidí pra ele comprá “bróquis”, etc., etc. que é uma verdurinha que parece uma cabecinha de “carapinha”. Pronto! Resolvido o enigma. O seu “chiado” finalmente pôde comprar “brócolis” que estava procurando.


E aí ainda tem gente defendendo a escrita e a pronúncia do português errado.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Poucos são os que sabem pensar – Ângela Maria La Sala Batà









Poucos são os que sabem pensar.


Tal declaração pode parecer demasiado pessimista, o que na realidade não é, pois o que nos impede o pensamento é a própria vida moderna, com sua atividade incessante, sua extroversão excessiva e seu ritmo agitado, passamos de um estado de extroversão e atividade, voltados para o mundo físico, a um estado de tranqüilidade semelhante a uma condição de sonho e ausência de pensamento durante o qual, com o pretexto de que estamos cansados e temos necessidade repouso, procuramos nos distrair com divertimentos ou leituras superficiais.

Muito poucos são os que amam o pensamento, a leitura, o estudo, a reflexão e que usam sua mente e utilizam suas faculdades mentais.

Voltando, portanto, ao argumento, as maiores impurezas mentais são devidas às influências emotivas instintivas, pois não sabemos desenredar a mente daquilo que a entrava, para torná-la dinâmica, viva e eficiente.

Se reconhecermos sinceramente, com uma auto-análise, que temos uma mente ainda kama-manásica[1], e se só conseguirmos pensar com esforço e fadiga, devemos tentar desenvolver aos poucos o aparelhamento mental, ou melhor, utiliza-lo mais, pois a mente se desenvolve com o uso; è preciso tratar de ler, de estudar, pelo menos uma hra por dia, um livro que estimule nosso mecanismo de pensar e que nos faça refletir. É preciso cultivar o recolhimento, a solidão, pelo menos durante um certo espaço de tempo, todos os dias.

Só na solidão aprende-se a pensar.

Na realidade, nesta fase kama-manásica, trata-se de fortalecer e ativas a mente, ainda mais do que purifica-la, visto que, ao tornar-se mais positiva e eficiente, ela saberá libertar-se das névoas da emoção e dos vínculos do instinto.






[1] Kama-manásica: (“mente do desejo”, em sânscrito) desejo mesclado com a mente, na maioria dos casos o desejo dominando a mente.