quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A VIAJANTE DAS GALÁXIAS











Luiz Carlos Nogueira











Uma luz indescritivelmente brilhante cruzou o espaço como uma bólide, indo de encontro ao chão distante, na Terra, causando um imenso clarão que só não ofuscava as estrelas, porque com elas as luzes se misturavam.

Do impacto, a poeira cósmica se alevantava qual o pó mágico das fadas, enfeitando a noite como lantejoulas nos vestidos das belas damas, em noites de festas.

Como nas histórias do faz de conta e do era uma vez, o pó começou a tomar forma, tremeluzir e precipitar-se num corpo, assumindo feições femininas. Ninguém ousava aproximar-se, até que um "Tarcílio" (nome de origem grega, que significa: “corajoso”), acercou-se dela, fazendo-se de pajem, claro - de uma nobre dama.

O ser que se apresentava dizia chamar-se Lourdes, e vinha de uma das mansões do infinito, construídas pelo bom Deus, e situada em um mundo jamais imaginado pelos mortais deste nosso planeta. De lá trouxe a gentileza, a amabilidade, a delicadeza, a bondade, o companheirismo, a honestidade, o amor, o senso de justiça, enfim muitos outros predicados pelos quais a fizeram ser amada por todos que a conheceram e a tiveram como amiga.

Ocorre que depois de um tempo razoavelmente longo, e por outro lado relativamente curto, a viajante foi chamada a cumprir uma outra missão em outro orbe, onde carece de alguém que leve para lá, todas as coisas boas que ela pôde acumular, para transmitir aos seres que delas necessitam, porque aqui nesta seara a sua semeadura havia cumprido um cronograma.


Assim, no nosso tempo, aos catorze dias do mês de janeiro do ano de dois mil e catorze, a viajante Lourdes embarcou em sua nave intergaláctica, encetando efetivamente a sua viagem cósmica, rumo a um outro ponto no infinito, deixando já de imediato, muitas saudades aos seus companheiros mais próximos: Tarcílio, Cláudia, Regina e Alexandre, bem como a todos seus outros amigos. 


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