domingo, 28 de dezembro de 2014

Desejo - Flávia Wenceslau

SÁBADO, 27 DE DEZEMBRO DE 2014















Flávia Wenceslau

Eu te desejo vida, longa vida
Te desejo a sorte de tudo que é bom
De toda alegria ter a companhia
Colorindo a estrada em seu mais belo tom

Eu te desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar

Eu te desejo a paz de uma andorinha
No vôo perfeito contemplando o mar
E que a fé movedora de qualquer montanha
Te renove sempre, te faça sonhar

Mas se vier as horas de melancolia
Que a lua tão meiga venha te afagar
E que a mais doce estrela seja tua guia
Como mãe singela a te orientar

Eu te desejo mais que mil amigos
A poesia que todo poeta esperou
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô


Clique no link abaixo para ouvir a canção:


Fonte: Site Vaga Lume. Acessado hoje dia 28/12/2014, às 06h55m de MS, através deste link: http://www.vagalume.com.br/flavia-wenceslau/desejo.html#ixzz3LRJsyDt5


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Tiananmen novamente




, La Habana | 30/09/2014


El hombre del tanque se hizo internacionalmente conocido al ser captado de pie ante una columna de tanques en la revuelta de Tiananmen (1989)



Poucas vezes se pode adormecer a memória. As lembranças não conhecem permissões nem autorizações, retornam e ponto. Durante um quarto de século o Governo chinês tratou de apagar os acontecimentos da Praça Tiananmen, porém agora são evocados pelos milhares de jovens que protestam nas ruas de Hong Kong. É difícil não pensar naquele homem com sua sacola de compras postado em frente a um tanque, enquanto se olha esta gente que exige a demissão de um funcionário tão impopular como servil a Pequim.

Vinte e cinco anos tentando limpar a história oficial daquela outra convulsão social, que terminou na mais brutal repressão, não adiantaram muito. Estas ruas repletas de pessoa pacíficas, porém saturadas, demonstram-no. Contudo, também existem diferenças grandes entre a revolta de 1989 no gigante asiático e as manifestações atuais em sua “região de administração especial”. A mudança fundamental é que estamos sendo partícipes nas nossas televisões, diários digitais e redes sociais de cada momento vivido pelos hongkongneses. A falta de informação que cercou os protestos na Praça Tiananmen agora tem a sua contrapartida numa aluvião de tuits, fotos e vídeos que saem de milhares de celulares.

Por quantos anos o Governo da China tentará apagar o que hoje ocorre? Quanto reforçará a parede corta fogo para que dentro do país não saibam o que ocorre tão perto? A repressão violenta do passado só serviu para dar mais determinação e maior número de manifestantes nas ruas da ex-colônia britânica. Contudo, apesar das multidões e das inumeráveis telas digitais que brilham em meio à noite de Hong Kong, a memória se obstina em nos fazer voltar para um homem. Um indivíduo que voltava do mercado e que decidiu que as esteiras de um tanque não iriam esmagar o civismo que lhe restava. Vinte e cinco anos depois, a realidade devolveu o seu gesto.

Tradução por Humberto Sisley


Fonte:  reprodução da matéria publicada no blog Generación Y, em português, da blogueira cubana Yoani Sánchez, acessado hoje (18/12/2014), às 19h40m de MS, através deste link: 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Estado Intervencionista X Estado Minimalista

sexta-feira, 14 de outubro de 2011













Por Viviane Mendonça Pereira Jorge Ferreira
(Economista, Mestre pela Esalq-USP)


 

De que forma o Estado deve intervir na economia? O Estado deve ser intervencionista, exercendo um papel regulador forte ou minimalista, onde as funções do Estado são residuais?

Esta questão é muito frequente nas discussões á respeito de um Estado ideal e como a economia reage à estas intervenções.

Para entendermos essa discussão, podemos definir um Estado Intervencionista como aquele que coloca a atuação estatal como agente protetor, defensor social e organizador da economia. Este Governo é responsável em regular o mercado e garantir um equilíbrio entre a demanda e oferta dos bens e serviços produzidos no país.

Alem disso, o Estado Intervencionista é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país e cabe a este garantir serviços públicos e proteção à toda a população, como saúde, educação, previdência, seguro desemprego, subsídios, etc

Em uma sociedade de intervenção forte do Estado os tributos e impostos costumam ser altos, pois o Governo precisa se financiar para garantir as condições sócio-econômicas ideais para a população.

Ao contrário deste Estado regulador, temos o minimalista do conceito neoliberal. A este Estado cabe uma intervenção bem menor na economia, ou a mínima possível. Para os neoliberais, o mercado deve funcionar livremente, sem interferência do Governo, o mercado deve ser da livre concorrência. Cabe apenas ao Governo dar as condições favoráveis para o seu bom funcionamento, fornecendo a estabilidade financeira e monetária do país.

Nesse contexto, os neoliberais defendem as privatizações de empresas estatais, controle dos gastos públicos e menores investimentos em políticas como aposentadoria, seguro desemprego e pensionistas. Sendo assim, em uma sociedade sem intervenção forte do Governo, os tributos e impostos tendem a ser baixos, pois cada indivíduo tem a responsabilidade de garantir suas próprias necessidades sócio-econômicas.

Hoje em dia, com a necessidade mais latente de vários países em redefinir a atuação de seu Governo, a discussão de um Estado intervencionista ou minimalista é um tema que atrai muitos interesses no âmbito nacional e internacional. Estamos vivenciando, principalmente na Europa, vários exemplos de reforma de Estado, ou reformulação de um novo modelo de organização estatal, onde é importante redefinir até onde vai o poder de regulação do Estado e a responsabilidade deste na economia do país.

É claro que o Estado ideal não deve ser tão regulador nem tão minimalista, ou ainda, nem próximo do mínimo, nem executor. O ideal ainda estamos à procura! Estamos à procura de um Governo possa contribuir para uma maior igualdade entre os indivíduos e uma melhoria do nível de vida geral do país. Que tipo de Governo será este?


Artigo extraído do blog da Mestra em Economia, Viviane Mendonça Pereira Jorge Ferreira, acessado dia 10/12/2014, às 23h56m de MS, através deste link: http://vivianempjf.blogspot.com.br/2011/10/estado-intervencionista-x-estado.html