quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Estado Intervencionista X Estado Minimalista

sexta-feira, 14 de outubro de 2011













Por Viviane Mendonça Pereira Jorge Ferreira
(Economista, Mestre pela Esalq-USP)


 

De que forma o Estado deve intervir na economia? O Estado deve ser intervencionista, exercendo um papel regulador forte ou minimalista, onde as funções do Estado são residuais?

Esta questão é muito frequente nas discussões á respeito de um Estado ideal e como a economia reage à estas intervenções.

Para entendermos essa discussão, podemos definir um Estado Intervencionista como aquele que coloca a atuação estatal como agente protetor, defensor social e organizador da economia. Este Governo é responsável em regular o mercado e garantir um equilíbrio entre a demanda e oferta dos bens e serviços produzidos no país.

Alem disso, o Estado Intervencionista é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país e cabe a este garantir serviços públicos e proteção à toda a população, como saúde, educação, previdência, seguro desemprego, subsídios, etc

Em uma sociedade de intervenção forte do Estado os tributos e impostos costumam ser altos, pois o Governo precisa se financiar para garantir as condições sócio-econômicas ideais para a população.

Ao contrário deste Estado regulador, temos o minimalista do conceito neoliberal. A este Estado cabe uma intervenção bem menor na economia, ou a mínima possível. Para os neoliberais, o mercado deve funcionar livremente, sem interferência do Governo, o mercado deve ser da livre concorrência. Cabe apenas ao Governo dar as condições favoráveis para o seu bom funcionamento, fornecendo a estabilidade financeira e monetária do país.

Nesse contexto, os neoliberais defendem as privatizações de empresas estatais, controle dos gastos públicos e menores investimentos em políticas como aposentadoria, seguro desemprego e pensionistas. Sendo assim, em uma sociedade sem intervenção forte do Governo, os tributos e impostos tendem a ser baixos, pois cada indivíduo tem a responsabilidade de garantir suas próprias necessidades sócio-econômicas.

Hoje em dia, com a necessidade mais latente de vários países em redefinir a atuação de seu Governo, a discussão de um Estado intervencionista ou minimalista é um tema que atrai muitos interesses no âmbito nacional e internacional. Estamos vivenciando, principalmente na Europa, vários exemplos de reforma de Estado, ou reformulação de um novo modelo de organização estatal, onde é importante redefinir até onde vai o poder de regulação do Estado e a responsabilidade deste na economia do país.

É claro que o Estado ideal não deve ser tão regulador nem tão minimalista, ou ainda, nem próximo do mínimo, nem executor. O ideal ainda estamos à procura! Estamos à procura de um Governo possa contribuir para uma maior igualdade entre os indivíduos e uma melhoria do nível de vida geral do país. Que tipo de Governo será este?


Artigo extraído do blog da Mestra em Economia, Viviane Mendonça Pereira Jorge Ferreira, acessado dia 10/12/2014, às 23h56m de MS, através deste link: http://vivianempjf.blogspot.com.br/2011/10/estado-intervencionista-x-estado.html


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