terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Enxaguatórios bucais vão precisar mesmo de receita médica?



Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com



O suplente de deputado professor Victorio Galli (PMDB-MT), quer tornar obrigatória a apresentação de receita média ou odontológica para compra de enxaguatórios bucais e similares. E a Câmara dos Deputados Federais está analisando o seu projeto de lei (PL-6228/2009)



Ora, “...vê se te orienta” deputado! (frase de uma música do Raul Seixas: Ei Al Capone...!!!)



Se V.Exa. é “peitudo” mesmo, então apresente um projeto de lei para proibir o uso de drogas e de cachaça.



Ou a cachaça, o crack e outras drogas, vão precisar de receita médica?



Em vez de V.Exa. ficar querendo colocar pelo em casca de ovo, ajude (fale com seus colegas e com os Senadores) para que seja aprovado o projeto de lei do Senador Paulo Paim, que trata do reajuste dos “benefícios do INSS” aos aposentados e pensionista, pois dessa forma os velhinhos, poderão pagar consultas médicas ou odontológicas, e conseguirem receitas de enxaguatórios bucais, sem terem que enfrentar as filas desgastantes dos postos de saúde, e quase sempre sem conseguirem ser atendidos.



Ademais, é preciso considerar como escreveu Paula Renata Camargo de Jesus, em sua Tese de Doutorado pela Universidade IMES/São Caetano do Sul/SP e UNISANTA/Santos/SP:



“Um fato comprovado pela própria CPI de Medicamentos, realizada em 2000, relatou que muitos médicos, alvo precioso de propagandistas que representam à indústria farmacêutica em consultórios e hospitais, são facilmente persuadidos com presentes sedutores: ar condicionado e móveis para decoração de consultórios médicos ou viagens em congressos com todas as despesas pagas.”



“O sintoma capitalista se faz presente no país, pela comunicação mercadológica, aonde um medicamento vale mais que seu valor terapêutico, já que o invólucro que protege a substância, a embalagem, a distribuição, a propaganda, enfim, as ferramentas utilizadas pelo mercado da indústria farmacêutica, encarecem, e muito, o medicamento”.



Abro um parêntese para concluir: (pois é, o Raul que era um sujeito inteligente, não pediu receita médica e morreu em consequência da ingestão de alcool e do uso de drogas. E claro, cometeu um erro, pois sem receita médica ele tomou a cachaça e usou droga inadequadamente). Aí ! Me desculpem, mas hipocrisia dói na alma e castiga a inteligência.



Por acaso não existem enxaguatórios bucais sem alcool? Por que não deixar isto por conta da Anvisa?

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