Luiz Carlos Nogueira
nogueirablog@gmail.com
Estamos vivendo um momento singular na história deste País. É bem verdade que os outros povos do nosso orbe terrestre também enfrentam problemas de toda ordem, mas a virulência pandêmica de certos males, parece ter encontrado no Brasil, solo fértil para se desenvolver especialmente no tocante à corrupção que grassa por todo o território nacional.
Se a impunidade fosse adubo, o Brasil seria campeão de exportação de alimentos para o mundo. Aí uns falastrões que estão cegos para a realidade social que enfrentamos, vêm com a “conversa mole” de querer “tapar o sol com a peneira”.
As famílias brasileiras além de serem castigadas pela variedade de altos impostos (nisto, talvez a Itália seja o único país do mundo, capaz de competir com o Brasil), também são acossadas pelo crime organizado, pelos ladrões das ruas e pelos efeitos do tráfico desenfreado de drogas, que trazem muito sofrimento e desestruturam as famílias, que se por infelicidade tenham em seu meio, um ou mais viciados em drogas.
A população é extorquida diariamente desde pelos mais simples “flanelinhas” que dividem espaços com os ficais dos aparelhos de tarifação (“caça-níqueis”) dos estacionamentos públicos, pequenos ladrões infratores, assaltantes de residências e de caixas de autoatendimento bancário, até por alguns fiscais disso ou daquilo. Os mais incautos ainda sofrem assédio dos vigaristas. Para completar temos ainda o político descarado, sem-vergonha, “ladrãozão”, agindo como dizem “livre, leve e solto”. Não consigo refutar mais as afirmações daqueles que afirma que — no Brasil só pobre vai para a cadeia — ladrões de colarinho branco não. E as pessoas, para isso se servem como exemplo, da TURMA DO MENSALÃO, cujo crime (o maior contra a democracia) de formação de quadrilha e de desvio e subtração de dinheiro público, assunto este que ficou conhecido pelo mundo todo, e que aliás, para a nossa vergonha, está até inserido na Wikipédia.
Logo logo, a TURMA DO MENSALÃO estará ainda mais disponível e livre para ocupar cargos públicos e continuar fazendo toda a negociata possível de se imaginar, porque seu crime estará prescrito. Com vistas a isso, os que defendem muito os direitos humanos e que aparecem dando ares de paladinos da justiça e da ordem social não “enchem o saco”.
Se continuar desse jeito, a criminalidade e a “picaretagem” serão a marca da nossa identificação nos outros países. Se duvidarmos, isso poderá acabar fazendo parte do DNA de algumas famílias brasileiras, instruídas nessa direção. Não é a toa que a DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, decerto já leva esse nome, como um prenúncio do que me refiro. Segundo a PF, a DNA alimentava o Valerioduto, esquema de pagamento ilegal a parlamentares.
Estamos cansados dos teóricos de plantão, que por falta de assunto só falam asneiras para aparecerem na mídia, dando ares de intelectuais. O caso da descriminalização (ou mesmo legalização) das DROGAS é um exemplo disso. Quem é que não sabe que o nosso país não dá conta sequer de resolver os problemas da saúde pública, dos hospitais que atendem pelo SUS, nos quais morrem pessoas nas filas ou por estarem na espera de atendimentos há mais de meses? Como é que se espera atender os viciados em drogas, sem contar com locais apropriados e disponíveis, e ainda sem profissionais especializados para esse fim?
Muitas pessoas não fazem idéia de como o vício das drogas repercute no meio das famílias e em toda a sociedade. Como é que pode se pensar em o Estado fornecer drogas para os viciados? Então seria o caso de dar veneno para quem de uma forma ou de outra foi envenenado.
Descriminalizar ou ainda legalizar as drogas significa fomentar a comercialização e aumentar mais ainda o poder dos que antes da lei seriam considerados traficantes ilegais. Também quando não há penalização para o consumidor, seja ele maior ou menor de idade, tal permissividade só leva ao consumo desenfreado, conducente à procura de drogas mais pesadas que encurtam a vida dos que a consomem, e que acabam traficando também para conseguir dinheiro para consumirem, ou ainda, que leva aos roubos, assassinatos e outras delinqüências, deixando os pais dos drogados vulneráveis aos seus atos que transformam suas vidas num inferno de enormes sofrimentos. E nessa situação nenhum “babaca” metido a intelectual ou qualquer idiotia que tenta assim aparecer, vem ajudar os que passam por tal sofrimento.
Outra peste que se instalou no país é o crime organizado, que quer calar a boca dos juízes, da polícia e de outras autoridades constituídas. E em certos momentos até que conseguem. Na verdade todo esse tipo bandidagem é fruto de leis frouxas, e muitas vezes de toda a permissividade de quem ocupa cargos públicos sejam eles eletivos ou não, e que não estão comprometidos com a ordem social e com os bons costumes, que só amam os seus salários e as suas mordomias. Só que pode chegar um dia em que esse tipo de comportamento custará muito caro para essas pessoas. Quem sobreviver até lá, verá.