quarta-feira, 16 de maio de 2012

O ARTHASHASTRA DE KAUTILYA










Luiz Carlos Nogueira






O Arthashastra é um tratado político da Índia, que se tornou um clássico, escrito em sânscrito, por volta dos anos 321 e 300 a.C,  cuja autoria se atribui ao estadista e filósofo daquele país — Kautilya (que viveu no século III a.C, ou 1.800 anos antes de Nicolau Maquiavél), também chamado Chankya ou Vishnugupta.  Segundo os especialistas, Kautilya significaria: tortuoso, perverso e foi tido como “o Maquiavél da Índia”, pois suas idéias antecipavam às do autor de “O Príncipe”.

Na verdade livro já foi traduzido com o título de "Manual sobre as Receitas Governamentais", e também como "Princípios da Política", que reúnem 150 capítulos, em quinze livros.

A obra apresenta uma visão de um Estado totalitário, que promovia as altas cobranças de impostos, exercendo acerba fiscalização a fim de obter a maior receita possível, para sustentar as altas remunerações do seu corpo de burocratas.

A referida obra foi traduzida e apresentada por Sérgio Bath, para a Editora Universidade de Brasília, copyright de 1994. Segundo esse tradutor, trata-se de: "um guia absolutamente prático e instrumental, que não teoriza nem desenvolve sobre premissas de filosofia política, mas ensina a organizar e a administrar a máquina estatal com notável frieza e objetividade".

Como nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, seja este eletrônico, mecânico, fotocópia ou qualquer outro tipo de gravação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora, limito-me apenas, a título de informação aos leitores interessados, indicar os títulos dos assuntos nela tratados:

  • Livro primeiro
    • Capítulo 4 - A finalidade das ciências produtivas e da punição
    • Capítulo 7 - Os limites dos sentidos
    • Capítulo 8 - A nomeação dos ministros
    • Capítulo 11 - A instituição de informantes
    • Capítulo 13 - A proteção dentro do próprio estado
    • Capítulo 15 - As sessões do conselho de estado
    • Capítulo 16 - A missão dos embaixadores
    • Capítulo 17 - A proteção dos príncipes
    • Capítulo 19 - Os deveres dos monarcas
    • Capítulo 20 - Os deveres dos soberanos com relação ao seu harém

  • Livro segundo
    • Capítulo 7 - O ofício do contador
    • Capítulo 8 - Descobrindo desvios de tributos por funcionários corruptos
    • Capítulo 9 - O exame da conduta dos servidores públicos
    • Capítulo 16-O superintendente do comércio
    • Capítulo 21-O superintendente aduaneiro
    • Capítulo 27 -O superintendente das prostitutas
    • Capítulo 31 -O superintendente dos elefantes

  • Livro terceiro
    • Capítulo 2 - O matrimônio e seus deveres. A propriedade da esposa e as compensações devidas
    • Capítulo 3 - Os deveres da esposa
    • Capítulo 18 - A difamação
    • Capítulo 19 - A agressão

  • Livro quarto
    • Capítulo 8 - O julgamento e a tortura necessária para obter uma confissão
    • Capítulo 11 - A pena capital, com ou sem tortura
    • Capítulo 12 - Relações sexuais com as meninas

  • Livro quinto
    • Capítulo 4 - A conduta do cortesão

  • Livro sétimo
    • Capítulo 9 - A aquisição de ouro ou de um amigo

  • Livro oitavo
    • Capítulo 2 - Considerações sobre as dificuldades enfrentadas pelo soberano e o seu reino

Um comentário:

  1. Alguém sabe como faço para adquirí-lo, não acho em lugar nenhum aqui em Portugal. Meu e-mail: patricia.campello@hotmail.com
    Desde já agradeço,

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