segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um país que estimula o alcoolismo - Por Alamar Régis Carvalho

De: Alamar Régis Carvalho
Para: Luiz Carlos Nogueira
Assunto: Um país que estimula o alcoolismo
Luiz Carlos: O Brasil adora estimular o alcoolismo. Assassinos bêbados ao volante nunca são punidos como assassinos. Fala-se em cachaça, como se falasse de uma coisa boa para o ser humano.
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Pode parecer uma apelação, este título que coloco nesta matéria, mas, diante da realidade que vivemos em nosso país, peço que você analise com isenção o que escrevo aqui e diga se é apelação.

É impressionante a cultura que o Brasil tem de incentivar o alcoolismo, apesar da desgraça que ele proporciona todos os dias, tragédias atrás de tragédias, lares enlutados, famílias destruídas e tanta tristeza, mostrada diariamente pelos telejornais da televisão e pela imprensa em geral.

Recentemente eu vi o Jornal Nacional mostrar a Presidente Dilma, em visita aos Estados Unidos, diante do Presidente Barack Obama, apresentando um produto brasileiro, em um momento em que o mundo tem voltado as atenções para o nosso país.

Que produto era aquele?

A CACHAÇA!!!!!

Gente, que me desculpe, mas eu não sei se sou eu que tenho um parafuso fouxo, se sou eu o desajustado ou se é o país que está mesmo num processo de inversão de valores, na exposição do ridículo.

Pelo amor de Deus, diante de tanta coisa boa que este Brasil produz, diante de tanta coisa útil que pode exportar para o mundo, como pode a nossa Presidente da República dar ênfase logo para a praga da cachaça?















É como se dissesse: Nós temos produto para embriagar as pessoas de todos os países e promover muitas desgraças nos lares.

Imaginemos a cena, com o Evo Morales sentado na Casa Branca, ao lado do mais poderoso homem do mundo, anunciando a cocaína, o produto orgulho do seu país?

Aí os hipócritas de plantão, na contramão da sensatez, vêm querer interpelar:

- Peraí, Alamar, agora você já está apelando. Comparar cocaína com cachaça é o fim da picada.

Éhhhh, gente, os defensores do alcoolismo assim como os defensores do cigarro, têm essa mania de considerar esses vícios, terríveis, como drogas lícitas e até leves.

Lícitas? Leves?

É claro que a cocaína é uma desgraça também, mas o que é que causa mais desgraças e tragédias, conforme apontam todas as estatísticas, a cocaína ou o alcoolismo? Não tem nem comparação, a diferença é enorme. Vejam quantos milhares de brasileiros morrem por ano, em decorrência do alcoolismo e veja quantos morrem por causa da porcaria da cocaína.

É preciso que a sociedade repense esse tratamento maluco que ela dá a esse vício terrível.

Aí fica esse festival sem vergonha de cinismo social:

  • Eu gosto de tomar minha cachacinha, antes do almoço.
  • Adoro minha cervejinha nos finais de semana.
  • Não dispenso um wiskyzinho com os amigos.
Aí você visita certas residências e, qual é a parte da casa que as pessoas mais têm prazer em apresentar para os amigos?

O barzinho!!! E fazem questão de apresentar garrafa por garrafa, com um orgulho enorme, em dizer que aquela do rótulo dourado é 12 anos, ou outro é importado da Alemanha... etc. etc. etc...

E depois vêm as tragediazinhas, os bêbadozinhos dirigindo os seus carrinhos, atropelando e matando as suas vitimazinhas, para depois contratarem um advogadozinho para, descaradamente, negar que ele estava bêbado, na prática da vergonhosa mentira jurídica que faz com que juízes ridículos e insensatos punam apenas com cestas básicas, livrando verdadeiros criminosos e assassinos da cadeia.

Como são brandas as penas para assassinos bêbados.

Que país mais sem vergonha, o nosso!

Vocês já viram que coisa mais ridícula a lei brasileira, em relação ao bafômetro?

Pra começar, é um instrumento que governo nenhum, federal, estadual ou municipal faz a menor questão de investir. Não dá dividendos políticos e não traz arrecadação.

Bando de canalhas. Só investem, e como investem, em caríssimas instalações de câmeras para multar veículos, na vergonhosa mania de extorsão da população brasileira, com essa ridícula indústria das multas, onde muitos ganham por fora.

Ainda vem com a cara de pau mais cínica do mundo, querer justificar que o objetivo é “educar o trânsito”, como se os mais graves e mais trágicos problemas de trânsito fossem os estacionamentos sem pagar a praga da zona azul, o dirigir um pouco acima da velocidade determinada, a falta do uso do cinto e outros detalhezinhos mais. A sigla SET, em São Paulo, por exemplo, significa “Sistema de Extorsão no Trânsito”.

Ora, praga, a grande maioria dos índices de acidentes de trânsito ocorre exatamente por conta da embriaguês alcoólica. 

Por que esse detalhe não é punido com o rigor que deveria ser?

 














Ainda vem uma legislação, que, no auge da burrice nacional,determina que ninguém é obrigado a soprar no bafômetro, sob a argumentação de que ninguém é obrigado a construir provas contra si mesmo, em mais uma vergonhosa e estúpida demonstração de que o país adora mesmo proteger o alcoolismo.

Se houvesse bom senso e dignidade na lei, o que já teriam feito?

Inverter a razão do sopro ao bafômetro: Em vez da necessidade de soprá-lo para provar que estava embriagado, pelo contrário, as autoridades deveriam determinar que a pessoa, acusada de estar bêbada ao volante, deveria soprar para provar que NÃO estava bêbada e que não havia álcool no seu sangue.

Por que não fazem isto?

Todo motorista envolvido em acidente, que de fato não estivesse embriagado, faria questão, por interesse próprio, de procurar o policial e pedir o bafômetro para soprar, porque aquele laudo serviria para a sua defesa, e não prova contra si próprio, pelo menos quanto ao aspecto do alcoolismo ao volante.

Está na cara que todo indivíduo que se nega a soprar um bafômetro, com certeza absoluta está implicitamente confessando que estava dirigindo bêbado mesmo, pois, em caso contrário, jamais se recusaria a tal procedimento, se de fato não tivesse bebido.

Você, que acompanha a televisão, já deve ter se cansado de ver, nos telejornais, inúmeras tragédias de assassinos que matam dirigindo bêbados e todas as reportagens invariavelmente dão o nome do criminoso, nome da cidade, data do acidente e nome da vítima. Vou lhe dar uma sugestão, embora não seja nada agradável da gente fazer e dá um trabalhão danado, mas que serve para observar a realidade dos fatos.

Pegue um caderno, ou mesmo o seu computador, e anote esses dados. Vá anotando, vá colecionando os casos e, depois de um ano, mais ou menos, você terá algumas centenas de casos registrados.

Depois comece a pesquisar, caso a caso, como ficou, já que temos hoje a internet, que é excelente para este tipo de coisa.

Sinto em lhe dizer que você vai sentir uma amargura enorme e uma decepção terrível com o seu país, pois constatará que quase todos estarão fora da cadeia. Deu pra ler direito? Eu disse e repito que você vai perceber que quase todos estão fora da cadeia, não é só a maioria não, é quase todos!

O bêbado ainda debocha, na cara do repórter e do policial. Ele sabe que nada vai acontecer com ele.

É quando vai saber que a famosa ação do “o advogado nega”, muito comum no Brasil, fez com que a praga da JU$TI$$A brasileira se limitasse a condenar com cestas básicas, a usar o tal argumento do “é réu primário”, do “tem residência fixa”, do “pode responder em liberdade” e sempre a aplicação do descarado jeitinho brasileiro.

Em contra partida, vai ver casos como aquele da Dona Luiza Rodrigues Pereira, aquela velhinha de 74 anos, de Vianópolis, interior de Goiás, aposentada, que ganha apenas um salário mínimo, ser colocada atrás das grades, porque não teve condições de pagar pensão alimentícia para netos, (foto ao lado). Assim como outros estão presos porque roubaram 250 gramas de margarina num supermercado; outro preso, para atender aos interesses dos bancos, acusado de infiel depositário, etc... Esses não têm chances de responder em liberdade, não tem chance de pagar com cestas básicas e não tem juiz que leve em consideração quando “o advogado nega”

Até quando a magistratura brasileira vai viver fingindo ingenuidade, a não entender uma coisa desta? 

Por que os legisladores brasileiros não mudam a lei que vige no País?

Por que aos finais de semanas, os senhores deputados e senadores também se reúnem para o wiskyzinho com os amigos e saem, também, eles, as suas peruas esposas e os seus filhos, dirigindo bêbados.

A cultura da proteção ao alcoolismo vem de muito tempo, no Brasil e no mundo.

A própria Bíblia já ensina que encher a cara e fazer besteiras é algo normal e que ninguém deve dar tanta importância, como o exemplo de Noé, que totalmente bêbado, resolve ficar nu diante da esposa dos seus filhos e ainda amaldiçoa um deles, que resolveu reclamar por tamanho ridículo, e ainda era protegido de Deus, mesmo agindo daquela forma.

Durante muito tempo os pais, no extremo do ridículo, faziam questão de incentivar que o seu filho, homem, tomasse bebida alcoólica, para “provar”, para os outros, que era macho. Por incrível que pareça existem registros de pais que colocam um pouco de cachaça na mamadeira do bebê, morrendo de rir, afirmando para os outros “este aqui é homem, no duro”.

Numa festa, quando alguém está bêbado, todo mundo morre de rir, acha engraçado.

Quando alguém conta que pegou um porre, em determinado momento, todo mundo que está ao lado fica escutando o relato, ri muito, como um monte de hienas irracionais, acha bonito aquilo e vê o fato como algo interessante, sem problema nenhum.

O jovem adora dizer “tomei todas que tinha lá”, e todos os outros adolescentes, ao seu redor, morrem de rir, porque o vêem como se fosse um herói, quando na verdade é um herói do ridículo e da imbecilidade.

Conheço vários casos de amigas que, quando namoravam, sabiam que o cara era alcoólatra, era viciado, e, mesmo alertadas do que poderia advir no futuro, enganando a elas mesmas diziam:

- “Ah, você também exagera em tudo. Ele só bebe socialmente. Eu o amo, é o homem da minha vida e eu sei muito bem o que quero pra mim”.

Hoje estão entrando na porrada, na prática comum das agressões domésticas que a embriaguês proporciona, e não têm coragem nem de dar parte numa delegacia de polícia, invocando a Lei Maria da Penha, porque são imbecis que dizem “Não quero acabar o meu casamento”. Grandes coisas.

E ainda tem o outro sério problema, que é a carência íntima, já que o desempenho sexual já foi pra cucuia também, há muito tempo.

Mas mantém a cultura masoquista de preferir viver num inferno, a sua vida inteira, pra poder continuar ostentando para as outras, que tem um marido. O que tem, muitas vezes, é um verdadeiro animal dentro de casa, mas chama de marido.

Têm outras que se pegam em bobagens religiosas:

- “O que Deus juntou, o homem não deve separar”.

Misericórdia! Que Deus é esse seu, que te junta com uma praga dessa, peste? Deixe de ser burra.

Têm outras que, também na expressão do ridículo, dizem:

- “Me disseram que eu tenho compromisso com ele, de outras encarnações, e que eu tenho que suportar, porque este é o meu carma”

É outra idiota que não sabe o que está dizendo. Faz a merda dela aqui, sabia que o bicho era um alcoólatra, desde os tempos de namoro, sempre soube das desgraças que o alcoolismo faz nos lares, casou com a praga porque quis, agora vem dizer que é coisa de origem reencarnatória. É besta demais, né?

Você sabia que uma fábrica de cachaça tem uma facilidade enorme para conseguir verbas de incentivo do BNDES?

Sabia que se a solicitação da verba for para construir um hospital ou um estabelecimento de ensino, as dificuldades são enormes e as exigências burocráticas praticamente leoninas?

Eu tinha um conhecido antigo, em Belém, o meu amigo Josino, que era um pau dágua de marca maior, daquele tipo que era encontrado bêbado, constantemente, deitado na via pública, todo vomitado e até cachorro lambendo a sua boca. Já morreu, de tanta cachaça, coitado.
Só que ele não admitira, de forma alguma, ser chamado de alcoólatra porque dizia “eu bebo SOCIALMENTE.
Quando alguém diz que bebe socialmente, está querendo passar atestado de trouxa para os amigos ou pra ela mesma?      
Misericórdia.
Para concluir devo informar aos amigos que são empresários e comerciantes que, se o seu negócio não estiver muito bom, no Brasil, mude de ramo, monte uma fábrica de cachaça, que é um excelente negócio e tem muita facilidade de conseguir incentivos do BNDES, com carência e tudo para começar a pagar.
É uma vergonha o país onde a gente vive.
O que dirão as civilizações do futuro, quando lêem nos livros de história que o Brasil fazia isto?
                                
Abração.



        Alamar Régis Carvalho
Analista de sistemas, escritor e AINSF Dinastia
              alamarregis@redevisao.net
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Alamar Régis Carvalho - Analista de Sistemas, Escritor, AINSF Dinastia - São Paulo, SP
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