sábado, 19 de abril de 2014

UMA MENTIRA CONSTITUCIONAL?





Luiz Carlos Nogueira









Diz a nossa Carta Magna em seu TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais, no CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” (art. 5º da CF/88)



Mas da forma como as coisas estão acontecendo no Brasil, já virou uma constituição Orwelliana, ou seja, conforme os escritor George Orwell, em "A Revolução dos Bichos", 33ª Ed. – São Paulo: Globo, 1991, que segundo a estória, após os bichos tomarem a fazenda do seu dono, elaboraram um tipo de carta constitucional, cujo mandamento citado, inicialmente dizia:

"7. Todos os animais são iguais"

Com o passar do tempo, dadas as conveniências que são mais próprias do ser racional egoísta — chamados "humanos",  o sétimo mandamento foi alterado, passando a vigorar:

"7. TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS"



Estou indagando se estamos diante de uma mentira constitucional, sabem por quê?  Se não sabem vejam esta matéria que transcrevi:


Policiais federais são obrigados a avisar se político é investigado
Formulário já tem um campo específico para informar se alvo da investigação é pessoa pública




Por: Tâmara Teixeira


A Polícia Federal passou a controlar de perto as investigações que envolvem a participação de políticos em algum crime. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef-MG), Rodrigo Porto, há cerca de dois meses, foi acrescentado um campo no formulário de dados cadastrais das operações de inteligência em que os agentes são obrigados a informar se há entre os suspeitos “pessoas politicamente expostas” e o nome delas.

Para o sindicato, intervenções políticas estariam prejudicando o desempenho da corporação. O número de indiciamentos da corporação por peculato recuou 80%, os originados por processos de exigência de propina, 83% e os por desvios em prefeituras, 84%, nos últimos sete anos, no Brasil.

De acordo com o novo formulário, os agentes devem informar se há algum político ou pessoa ligada a figuras públicas importantes no caso em investigação. Segundo Porto, é preciso escrever o nome da pessoa e, depois disso, o policial ou algum outro servidor envolvido na operação é chamado em Brasília, na sede central da PF, para esclarecer qual é exatamente a suspeita.

“Para nós, isso é uma interferência política. Oficialmente, a informação seria para que a polícia tivesse uma dimensão real do que irá precisar para aquela ação e futuras prisões, como recursos e efetivo”, afirma Porto.

A assessoria de imprensa da PF confirma a criação do novo campo e diz que quando há algum político ou personalidade pública em determinado caso é “preciso ter mais cuidado com as informações”. A PF disse que não rebateria as críticas do sindicato e não soube explicar o que significa exatamente “ter mais cuidado”. De acordo com a PF, o procedimento é adotado não só para políticos, mas também quando se trata de servidores ou pessoas ligadas a eles.

Ainda de acordo com a assessoria, o dado é solicitado desde 2010, mas segundo Porto, a mudança estava funcionando em fase de testes, e só recentemente foi incorporada oficialmente à rotina dos agentes.

As informações adicionadas no sistema eletrônico da corporação caem diretamente na mesa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele é comunicado de todos os nomes de políticos ou “pessoas públicas”, como chama a assessoria da PF, que estejam sob suspeição. Por nota, o ministério informou que este é um padrão internacional. O órgão, no entanto, não detalhou quais normas são essas.

Segundo a assessoria, o ministro é comunicado dos nomes, mas não do conteúdo das operações. O ministro Cardozo, ainda de acordo com a assessoria, não faz qualquer intervenção nas operações em curso.

Controle. Um outro policial federal entrevistado pela reportagem afirmou que foi convocado recentemente à central, em Brasília, por participar de uma investigação que, durante o seu curso, detectou a participação de um gestor do Executivo.

“De forma velada, disseram-me para não aprofundar no envolvimento dessa pessoa, pois isso tornaria a ação mais longa e burocrática, já que ela tem foro privilegiado. Fizemos o trabalho, mas o resultado seria muito maior se tivéssemos tido mais liberdade”, revela a fonte.

Ação

Agilidade. Operações inteligentes são operações mais ágeis, que investigam crimes que ainda estão ocorrendo. Nelas, a Polícia Federal monitora os suspeitos de determinado crime.




Fonte: Site da Federação Nacional dos Policiais Federais, acessado através deste link: http://www.fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/43817 , às 09h e 56m de MS 

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