11:38, 3/10/2011
Brasil Tags: 021011, Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, ÉPOCA, Folha de S. Paulo, Gilson Dipp, O Globo
No domingo, a Folha publicou um texto (para assinantes do jornal) assinado por seis dos 15 conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no qual eles defendem a prerrogativa do CNJ de investigar irregularidades nos tribunais regionais mesmo antes de as corregedorias regionais fazerem isso. Ao mesmo tempo, os seis conselheiros – Marcelo Nobre, Bruno Dantas, Wellington Saraiva, Gilberto Valente Martins, Jorge Hélio Chaves E Jefferson Kravchychyn – defendem que as corregedorias regionais sejam “fortalecidas” e não “extintas”.
O jornal O Globo traz uma breve análise do contexto, e afirma que o grupo decidiu escrever o texto para “desfazer o mal-entendido provocado pela nota do conselho contra as declarações da ministra Eliana Calmon”. Eliana afirmou que havia no Judiciário alguns “bandidos de toga” e o CNJ respondeu chamando as acusações da ministra de levianas.
As críticas dos conselheiros foram interpretadas como apoio do grupo à tentativa de Cezar Peluso de esvaziar os poderes do CNJ de investigar juízes envolvidos em irregularidades. No artigo os conselheiros deixaram claro que não é bem assim. Eles acham que houve destempero verbal da ministra, mas nem por isso concordam com a restrição das atribuições do CNJ, como quer a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) com o apoio de Peluso e outros ministros do STF. |
As diferenças a respeito do CNJ provocaram uma divisão no Judiciário brasileiro, que acabou exposta e fez a sociedade tomar partido de um ou outro lado. Em entrevista a ÉPOCA desta semana, o ex-corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp (para assinantes da revista), afirmou que essa divisão interna pode afetar negativamente o CNJ.
ÉPOCA – Há uma tendência entre os ministros do STF de diminuir os poderes do Conselho? |
José Antonio Lima
Fonte: Revista Época – Coluna “O Filtro” – Clique aqui para conferir
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