Por João Bosco Leal
O que antes imaginávamos serem regras básicas da educação, como tratar os mais velhos por senhor ou senhora, hoje virou sinônimo de intransigência, de que não seria isso que faria haver ou não o respeito para com eles.
O simples fato de chamar uma pessoa assim poderia não mudar, mas muda sim, e muito. Não pelo simples senhor ou senhora, mas pelo fato disso fazer com que a criança entenda, desde cedo, que há, e precisa haver, determinada diferença, hierarquia, entre ele e seus pais, vizinhos, professores, e toda a sociedade.
Para quem, como eu, sempre viveu próximo ao campo, isso é básico, pois em todo o reino animal e vegetal podemos observar certa hierarquia. Nenhuma semente nasce se coberta pela sombra de quem a gerou. Ela precisa ser movida por algum animal, ave, chuva ou vento para, longe dali, receber os raios de sol, a chuva e assim, brotar.
Nenhum animal próximo do homem, como os bezerros e potros chegam perto do território de seus pais, touros e garanhões, e sabemos que nos animais selvagens ocorre o mesmo com os leões, elefantes e todos os outros. Os leões jovens só se aproximam das fêmeas, tentando copular com estas, quando já estão em condições físicas de lutar com o adulto que as domina e derrotá-lo, assumindo seu posto.
Enquanto seus pares estão no chão, colhendo bananas ou milho, um macaco fica no alto de uma árvore, observando tudo, cuidando de qualquer aproximação estranha. Como responsável pela segurança de todos, esse macaco apanha muito, de todos, se algo se aproximar do bando sem que ele veja e os avise.
Na estrutura social, humana ou animal, cada um é uma peça, minúscula, mas possui seu papel no conjunto todo e, como em uma construção, uma peça mal colocada certamente enfraquecerá, diminuirá a solidez, a segurança, e pode provocar seu desmoronamento.
As crianças nascidas nas últimas duas ou três décadas passaram a receber um novo tipo de educação, mais moderna como diziam seus pais, onde tudo passou a ser permitido e pouco continuou sendo cobrado. As consequências são facilmente visíveis. Notícias divulgadas quase que diariamente pela imprensa mostram crianças insultando e agredindo seus professores, brigas de verdadeiras gangues e até crimes nas escolas.
Alguns professores, que tentam algum tipo de reação repreensiva com esses alunos, são responsabilizados até criminalmente pelos pais dos mesmos ou pela direção da escola. Um professor declarou que foi repreendido pela diretora da escola por chamar, diante dos colegas da sala, a atenção de um aluno por mal comportamento.
Os cidadãos formados em escolas como essa jamais terão comprometimento com a sociedade, pois só possuem direitos, mas nenhuma obrigação. É o enfraquecimento, a desestruturação e certamente o desmoronamento total da estrutura social que hoje conhecemos, para dar lugar a um novo tipo que não saberia hoje explicar.
Mesmo durante os horários permitido para crianças os mais variados canais de televisão mostram cenas de sexo, uso de drogas, tráfico, violência e ultimamente, pela quantidade de vezes que mostram, parece que pretendem incentivar os relacionamentos homo-afetivos, como se isso fosse o normal.
Pode ser permitido e aceito, inclusive legalmente e o homossexualismo praticado entre as mais variadas espécies animais ser até comum, mas não é o normal.
O respeito, o direito e a obrigação são princípios básicos para a sobrevivência de qualquer estrutura social e, dentro desta, as opções são válidas mas não obrigatórias e nem devem ser incentivadas.
Matéria enviada pelo autor, por e.mail – Clique aqui para conferi-la em seu site
Nenhum comentário:
Postar um comentário